Psicóloga
Flávia Angelo Verceze
CRP: 08/20236



“Uma das formas de exercer autonomia é possuir um discurso sobre si mesmo. Discurso que se faz muito mais significativo quanto mais fundamentado no conhecimento concreto da realidade.” Neusa Santos Souza.


“Eu acho que o sonho fecunda a vida e vinga a morte." Conceição Evaristo.

Psicóloga Mestra em Psicologia e Psicanalista

Sou psicóloga formada em 2013 pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Tenho uma especialização em Clínica Psicanalítica e sou especialista em Saúde da Mulher por meio de um programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher da UEL.

Sou mestre em Psicologia com ênfase em Processos Clínicos e Avaliação Psicológica pelo Programa de Mestrado em Psicologia da UEL. Hoje me dedico aos estudos e pesquisas na área de gênero e sexualidades e sua intersecção com a clínica psicanalítica.

Atuação

gênero e sexualidades

Já atuei na área da saúde pública, com ênfase da saúde da mulher nos âmbitos da Atenção Básica (UBS), Secundária (ambulatório) e Terciária (hospital).

Fui uma das organizadoras do Projeto Palavra Indígena patrocinado pelo PROMIC de Londrina - PR, que resultou na publicação do livro TETÃ TEKOHA, escrito pelos estudantes indígenas da UEL e publicado pela editora Jandaíra (Pólen). Fui membro do núcleo Diverges (Diversidade de Gênero e Sexualidades) de Direitos Humanos do CRP Londrina - 8° Região durante alguns anos.

Fui professora de Psicologia na Faculdade Dom Bosco de Cornélio Procópio, PR e na Universidade Estadual de Londrina no curso de graduação em psicologia e orientadora de monografia no curso de Especialização em Clínica Psicanalítica da UEL. Fui Professora convidada para a disciplina "Integralidade no cuidado à Saúde da Mulher" no curso de Especialização em Psicologia e Saúde Mental da PUC - Londrina, PR no ano de 2023.

Atualmente, eu atuo como psicóloga clínica com atendimentos online e presenciais na cidade de Itacaré, BA. Supervisora, palestrante, coordenadora e facilitadora de grupos de estudos e cursos online.

Atualmente tenho me dedicado aos estudos de gênero, sexualidades, mulheridades, masculinidades, lesbianidades, relacionamentos afetivos e questões étnico-raciais, pois acredito em uma psicologia e uma prática clínica implicadas politicamente e que não recusam os sistemas de exploração, dominação ou discriminação, e que se propõem a escutá-los de forma a subverter hegemonias de opressão que se mantêm em nossa sociedade.

                    

Principais dúvidas

Como funcionam meus atendimentos?
Marcamos uma primeira sessão onde conversamos sobre sua demanda/queixa, isto é, o que te fez procurar uma psicóloga. Essa primeira sessão tem duração de 50 minutos e o valor de 180,00 reais. Ela serve para eu entender sua demanda e também para nos conhecermos e você tirar todas as dúvidas que tiver em relação ao tratamento psicológico.

O tratamento psicológico ocorre por meio de sessões individuais e semanais, nas quais o paciente é encorajado a falar sobre seus sentimentos, pensamentos e experiências em um ambiente acolhedor, seguro, sigiloso e livre de julgamentos.

O processo terapêutico é baseado na construção de uma relação de confiança entre o terapeuta e o paciente. Não há previsão de duração, pois isso depende da complexidade das questões abordadas.

Os serviços são prestados em modalidade remota, por meio de recursos tecnológicos que permitam o atendimento à distância, conforme Resolução CFP nº 11/2018.

Qual a minha abordagem dentro da psicologia?
Dentro da psicologia existem diferentes abordagens, ou seja, diversas linhas teóricas que norteiam o trabalho da psicóloga, como é o caso da abordagem psicanalítica, bem como da comportamental, da gestalt, da humanista, da fenomenológica, corporal, entre muitas outras.

A abordagem que norteia meu trabalho é uma Perspectiva Híbrida!

Mas o que isso quer dizer?

Como psicóloga, minha prática é fundamentada em uma abordagem híbrida que combina a psicanálise com uma análise crítica das questões sociais que permeiam o contexto brasileiro. Minha formação psicanalítica me proporciona uma base sólida, permitindo-me explorar a lógica inconsciente e a importância da associação livre no processo terapêutico.

A psicanálise trata-se de um dispositivo, um método de investigação do inconsciente. O pensamento psicanalítico pressupõe que não somos regidos apenas pela racionalidade consciente, há também outra lógica que opera em nós - a lógica inconsciente!

Se propor a fazer análise é querer saber o que o seu sintoma pode te informar acerca do seu próprio funcionamento, ela nos apresenta a possibilidade de acolhermos a nossa própria contradição.

No entanto, reconheço que a psicanálise tradicional muitas vezes não considera as complexidades das realidades sociais que afetam nossos pacientes. Por isso, minha prática é informada por uma perspectiva que leva em conta as intersecções de raça, gênero e classe. Acredito que a saúde mental não pode ser dissociada das estruturas sociais que moldam nossas experiências e identidades.

Nos últimos anos, tenho me aprofundado em estudos de gênero e a teoria Queer, explorando temas como lesbianidades, masculinidades, mulheridades, relacionamentos afetivo-sexuais, questões étnico-raciais. Essa pesquisa me permite abordar questões contemporâneas, como a não monogamia e a descolonização dos afetos, de uma maneira que respeita e valida às diversas vivências de meus pacientes.

Além disso, incorporo teorias decoloniais e feministas em minha prática, reconhecendo a importância de desafiar narrativas hegemônicas e promover um espaço seguro e acolhedor para todos. Meu objetivo é criar um ambiente terapêutico onde as pessoas possam explorar suas identidades, questionar normas sociais e encontrar formas de se relacionar que sejam autênticas e significativas.

Acredito que a terapia deve ser um espaço de liberdade e descoberta, onde cada indivíduo é visto em sua totalidade e complexidade. Estou comprometida em oferecer um suporte que não apenas reconheça, mas também celebre a diversidade das experiências humanas.
O que é um tratamento psicológico?
A psicoterapia não tem o objetivo de diagnosticar uma doença, seja ela mental ou não, e curá-la do mesmo modo que acontece com as doenças orgânicas/físicas.

A psicologia trabalha com a subjetividade. Mas o que é isso?

A subjetividade de alguém diz respeito ao seu espaço íntimo, resultado de marcas singulares de sua história que influenciaram na formação da sua personalidade, e que define como essa pessoa interage e age no mundo.

A subjetividade é o mundo de ideias, significados e emoções construídos por cada pessoa a partir de suas relações sociais, de suas vivências, do contexto histórico em que está inserido, do território em que vive e de sua constituição biológica.

Desta maneira, a psicoterapia, independente da sua abordagem ou modalidade, é um processo que demanda tempo e investimento, sendo esse financeiro e emocional!

Quando a pessoa recorre à psicoterapia, ela deve estar implicada com essa e é exatamente por isso que é impossível obrigar alguém a realizá-la. A psicoterapia não é só uma técnica, mas o trabalho de construir uma relação terapêutica genuína entre paciente e sua psicóloga.

Ou seja, para nós, psicólogas, a coisa mais importante no processo da psicoterapia é você!

Como funcionam os atendimentos online?
Os atendimentos psicológicos online existem na psicologia há muitos anos, porém se popularizaram a partir da pandemia do COVID-19, em que fomos obrigados a estabelecer um distanciamento social. O Conselho Federal de Psicologia divulgou em maio de 2018 uma nova resolução ampliando a possibilidade de oferta de serviços psicológicos por meio de tecnologias de comunicação. A Resolução CFP 11/2018 prevê a realização de consultas e/ou atendimentos psicológicos de diferentes tipos, de maneira síncrona ou assíncrona, sendo possível a realização de atendimento online, atendimento telefônico, orientações por e-mail, entre outros. 

Para realizar a prestação de serviços psicológicos por meios tecnológicos da informação e da comunicação, a psicóloga ou psicólogo precisa ter, além do registro ativo junto ao Conselho Regional de Psicologia, o cadastro no site e-Psi. Você pode buscar no site do Conselho Federal de Psicologia quais psicólogas são cadastradas e autorizadas à prestação de serviços psicológicos por meio de tecnologia da informação e da comunicação (TICs). Basta entrar no site e-psi.cfp.org.br e digitar o nome da profissional.

Mas como funcionam os meus atendimentos online? 

A psicoterapia online consiste basicamente em sessões de terapia, orientações e aconselhamentos psicológicos realizados em plataformas de videochamadas, utilizando a internet. Além das videochamadas com o psicólogo, o paciente ainda pode ter o apoio do profissional trocando mensagens de texto ou e-mails. 

Os meus atendimentos são realizados por vídeo, totalmente seguros, protegidos e sigilosos, além de atenderem a todas as regulamentações do Conselho Federal de Psicologia. Atendo em um local que garante a preservação do sigilo e indico para que meus pacientes também encontrem um ambiente que os possibilitem falar sem ser interrompidos ou escutados por terceiros.

Somente você e eu temos acesso à sessão e aos dados e informações trocados nela. Nenhuma sessão é gravada, respeitando o princípio da confidencialidade entre psicóloga e paciente. A segurança garantida pela psicoterapia online permite que você converse com sua psicóloga de qualquer lugar conectado à internet, com tranquilidade e ética. 

Agende sua sessão online! 
O que a psicologia tem a ver com gênero e sexualidades?
As questões de diversidade de gênero e sexualidades têm ganhado um crescente destaque nas discussões de diversas áreas do conhecimento, em especial nas profissões da área da saúde. A Psicologia, integrante deste grupo que compõe a área da saúde, também tem levantado cada vez mais debates e reflexões sobre as diferentes possibilidades que os sujeitos têm de se identificar e se expressar.

No Brasil e no mundo, muitas pessoas são vítimas de discriminação, violências e até mesmo assassinatos por simplesmente serem quem são e manifestarem orientações sexuais e expressões de gênero que não se enquadram na cis-heteronormatividade. Essas pessoas integram o grupo da população LGBTQIA+, que lutam e resistem contra essas tentativas de aniquilamento de suas formas de ser e existir, o que afeta diretamente suas saúdes físicas e psicológicas.

Diante disso, a psicologia tem um papel extremamente importante, por meio de um compromisso ético e político com a dignidade de qualquer vida humana, não perpetuando tais violências e possibilitando que os sofrimentos decorrentes desta sejam ressignificados, além de lutar ativamente contra a perpetuação destas violências. É parte do compromisso ético da psicologia contribuir para o enfrentamento de quaisquer práticas que aniquilem subjetividades.

A população LGBTQIA+ se apresenta como uma população exposta a violências, sejam de ordem física, material e/ou psicológica, sendo que algumas dessas violências assumem contornos muito sutis. A lgbtfobia, enquanto fenômeno presente na cultura brasileira, acaba por perpetuar constantemente a violência, a segregação, isolamento e abandono de indivíduos LGBTQIA+. O psicólogo ou psicóloga também é produto e está inserido nessa mesma cultura, podendo reproduzir tais violências, sendo mais um perpetuador desse ciclo de discriminação. Muitas vezes essa perpetuação da violência acarreta danos subjetivos e até mesmo materiais, difíceis de contornar.

Muitas dessas práticas não são percebidas pelos profissionais como violentas. Entre elas podemos citar: buscar detectar as “causas da homossexualidade”, outras vezes buscando relacionar a homossexualidade com outros comportamentos, como o uso de drogas ou ter múltiplos parceiros. Além do uso incorreto de pronomes com pessoas trans ou não-binárias, quando o psicólogo supõe que deve utilizar masculinos, femininos ou neutros pelo fenótipo da pessoa, ao invés de perguntar. Quando o psicólogo tenta questionar o paciente sobre as “origens” de sua homossexualidade, bissexualidade e/ou transexualidade, caracterizando uma prática que está ligada a uma tradição patologizante das diversidades sexuais, pois demonstra uma visão de doença ou anormalidade sobre as sexualidades não cis-heterossexuais. Diante disso, faz-se necessário que as psicólogas e psicólogos se atentem ao seu código de ética, às normativas e resoluções já existentes no trabalho com essa população.

 

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Flávia A. Verceze

Psicóloga Clínica

CRP 08/20236





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